Surto de virose em Guarujá pode ter sido causado por esgoto clandestino; entenda

A Prefeitura de Guarujá notificou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) sobre a possibilidade de vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na região da Enseada, que podem estar relacionados ao aumento de casos de virose na cidade.A CNN solicitou um posicionamento da Sabesp sobre o assunto e aguarda retorno.Em nota enviada à Agência Estado, a Sabesp diz que adotou medidas para verificar as solicitações da prefeitura e prestou os esclarecimentos necessários à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.A companhia acrescenta que monitora o sistema de esgoto da Baixada Santista e que “ele está operando normalmente”.“Cabe destacar que as fortes chuvas podem sobrecarregar o sistema (de esgoto) devido à entrada irregular de água pluvial, já que o sistema não foi projetado para essa finalidade”, afirma ainda a Sabesp em nota.Guarujá foi uma das cidades do litoral mais afetadas pelo surto, com a realização de mais de 2 mil atendimentos por viroses em dezembro, segundo a prefeitura.Além disso, amostras foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz para análises que possam identificar a origem dos casos de gastroenterocolite aguda (Geca).A doença provoca inflamação no estômago, intestino delgado e grosso, com sintomas como:Diarreia;Vômitos;Febre;Náuseas;Dores abdominais musculares e de cabeça.A GECA, que em mais de 95% dos casos é causada por vírus, também pode ser provocada por bactérias, parasitas ou ingestão de alimentos contaminados.Aumento nos atendimentosO surto de virose marcou a virada do ano no litoral de São Paulo.A Prefeitura de Guarujá contabiliza os atendimentos concentrados principalmente nas Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Enseada e PAM Rodoviária.Em nota enviada à CNN, a Secretaria Municipal de Saúde disse que reforçou a infraestrutura dessas unidades, incluindo o aumento de profissionais de saúde e o uso de soro intravenoso no tratamento dos pacientes.Desde sexta-feira (3), as equipes ganharam o apoio de um médico e um enfermeiro extras para atender à alta demanda.(Com informações da Agência Estado)* Sob supervisão de Henrique Sales Barros