A cantora Pocah, 29, lançou, na noite de terça-feira (3), seu primeiro álbum de estúdio, intitulado “Cria de Caxias”. Tendo começado na indústria musical há 14 anos, com o nome artístico de MC Pocahontas, a artista nunca havia apostado em um disco antes.
“Eu sempre quis lançar um disco mas quando eu comecei minha carreira como MC, eram outros tempos. Eu não tinha recurso financeiro e o mercado em si não funciona dessa forma, principalmente no mundo do funk”, disse a cantora à CNN.
Pocah começou a produzir o álbum em 2021, ano em que participou do reality show Big Brother Brasil. “Tiveram imprevistos ao longo do caminho e hoje entendo que esses imprevistos foram muito importantes para que eu chegasse nesse momento de amadurecimento pessoal e artístico capaz de lançar esse disco”, comentou a artista.
Ela explicou que este não é apenas um álbum, mas um projeto biográfico e conceitual que resgata suas raízes em Duque de Caxias, onde cresceu e encontrou inspiração.
O álbum é dividido em três atos distintos e cada um representa uma fase da vida e da carreira de Pocah. Essa estrutura narrativa busca se fazer presente tanto na sonoridade do projeto, quanto nas composições, com cada ato sendo introduzido por uma interlude que marca o início de um novo capítulo.
O primeiro ato é denominado como “MC Pocahontas” e é uma visita ao início da carreira da cantora. O segundo ato, o “Pocah”, simboliza a transição da artista para uma fase mais experimental, onde ela explorou novos gêneros musicais e adotou uma postura pop sem abandonar suas raízes no funk.
Já o terceiro ato, o “Viviane” (nome verdadeiro da cantora), é o mais emocional, de acordo com a própria cantora. “Eu nunca tinha feito nada parecido, em termos de composição, de sonoridade… foi bem intenso e marcou esse disco”, contou ela.
O último ato traz canções mais íntimas relacionadas a sua vida, como “Livramento”, faixa que fala sobre um relacionamento abusivo e outra que é uma homenagem à Vitória, sua filha de oito anos.
Sobre “Livramento”, ela afirmou que foi muito difícil colocar a composição no papel.
“Eu quis trazer experiências que eu vivi e passei para criar uma música que não fosse apenas sobre mim. Música ajuda as pessoas a se conectarem. Ajuda as pessoas a se curarem. Quando ouvirem ‘Livramento’, eu espero que quem tenha passado por uma situação similar, possa entender que não está sozinha. E se ainda está dentro de um relacionamento abusivo, que existe saída. Existe escapatória. Que não devemos ter medo de lutarmos pela nossa nossa vida e felicidade”, ressaltou ela.
Já sobre a faixa para a filha, que carrega o nome da própria, Pocah diz que foi um desejo da pequena participar do disco. “Ela estava vendo os outros artistas chegando junto para participar e falou ‘mamãe, eu também quero estar no disco’. Foi muito bonito. ‘Vitória’ é a minha música favorita do disco. É uma linda canção e encerra o trabalho de forma perfeita, com chave de ouro.”
A própria Vitória canta com Pocah no álbum.
“Cria de Caxias” traz vários participações com artistas de renome. “Eu quis fazer colaborações com artistas que eu gosto, que admiro, que sou fã. Fiquei muito feliz com o resultado final. Tati, Rebecca, Slip, L7, Kevin, Durrony, Triz e GW, eles trouxeram a essência do ‘Cria Do Caxias’”.
Rock in Rio
Pocah ressaltou que o álbum é só um passo ao início de sua nova era, que começará oficialmente no festival Rock in Rio 2024. A apresentação da cantora ocorre no chamado Dia Delas, em 20 de setembro.
“O meu show vai espelhar esse disco. Também vamos brincar com a temática das personas então vai ter a MC, a Pocah, a Viviane”, concluiu.
