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Morte a todo vapor: PL acende alerta para possível liberação de cigarros eletrônicos.

Por: Admin / Fonte: Metro1

por admin

Se de um lado a Medicina tem virado um espetáculo de negacionismo tão flagrante que poderia render um bom reality show; do outro, a ética e a saúde pública não são tratadas como artigo de luxo. Muito pelo contrário, são motivos para a luta contra a regra que parece transformar a saúde em um negócio. A batalha contra os cigarros eletrônicos é uma delas, principalmente após um projeto de lei que pretende permitir a venda desses dispositivos, que trazem uma roupagem mais atraente e novos riscos para a dependência do tabaco, responsável pela morte de 8 milhões de pessoas por ano no mundo.

Uma conta que não fecha

A proposta de regulamentação desses dispositivos, que hoje são proibidos pela Anvisa, é encabeçada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Na última terça-feira (20), o texto quase chegou a ser votado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, mas, em meio à troca de farpas entre os parlamentares, foi adiado para o próximo dia 3 de setembro. Uma das justificativas apresentadas no projeto é que a regulamentação traria uma arrecadação de R$ 2,2 bilhões aos cofres públicos.

O problema é que a conta não fecha quando se analisa os gastos atuais do tratamento dos jovens que fazem uso dos pods e gastos futuros ocasionados pela facilidade de acesso a esses dispositivos com a regulamentação. Quem aponta isso é a pneumologista Margareth Dalcolmo, defensora da proibição desses produtos. “Como podemos pensar em arrecadar impostos à custa de vidas humanas? Vamos começar a tratar jovens com câncer de pulmão aos 30 anos”, alertou.

A luta de combate aos vapes esbarra em um lobby milionário em cima da pauta. Os números dessa indústria ainda são nebulosos, mas, para se ter uma ideia, só em 2019, os cigarros representaram R$ 14,478 bilhões em tributos. Imaginem a receita dessas empresas e a pressão que elas podem causar no Congresso.

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