Restos mortais da vítima foram localizados na Estrada da Biribeira, em Dias d’Ávila, em avançado estado de decomposiçãoO caso de Kaique Júnior de Oliveira, de 31 anos, sequestrado no início de abril em Camaçari, teve um desfecho trágico. Segundo apuração exclusiva feita pelo Bahia no Ar, os restos mortais encontrados na Estrada da Biribeira, em Dias d’Ávila, na quarta-feira (16), são da vítima.A mãe do rapaz afirmou que, por conta do estado avançado de decomposição, só conseguiu identificar o corpo por conta das roupas encontradas, as mesmas que ele usava no fatídico dia 1º abril quando, no bairro Gleba B, ele foi cercado por um grupo armado e encapuzado que o levou na frente dela, da esposa e da filha de apenas 2 anos de idade.A localização da vítima aconteceu graças a um caminhoneiro que, ao passar pela via, percebeu a existência de uma ossada às margens e parou para verificar. Confirmando o fato, rapidamente o homem chamou a polícia que realizou a retirada e envio para o Instituto Médico Legal (IML) de Camaçari, onde ainda se encontra para realização de autópsia.Os exames periciais servem para confirmar de fato se trata mesmo de Kaique – algo que a família não tem mais dúvidas – e principalmente como o homicídio ocorreu, a exemplo da data do ocorrido, se ele foi executado no local onde foi encontrado ou apenas teve o corpo desovado ali, entre outras questões.Ainda não há expectativa de quando os restos mortais do homem serão liberados para o sepultamento, mas espera-se que isso ocorra nos próximos dias.Sobre o crimeKaique Júnior de Oliveira era natural de Simões Filho e havia se mudado recentemente para Camaçari, município vizinho. Segundo parentes, ele teria alugado uma casa na Gleba B em março deste ano, com o objetivo de conseguir um emprego na ‘cidade industrial’.Em entrevista ao repórter Alex Freitas, no programa Bahia no Ar da Rádio Sucesso FM, no dia 2 de abril, o rapaz estava em frente ao imóvel que morava, mostrando para ela uma residência vizinha quando os criminosos chegaram.Armados e encapuzados, se apresentaram inicialmente como policiais, no entanto, era perceptível que era mentira, pois um deles estava de bermuda e calçava chinelos, o que difere de um fardamento padrão de agentes. Totalmente agressivos, apontaram os revólveres nas cabeças de todos, incluindo da menina de 2 anos que presenciou tudo.Em seguida, empurraram a mãe, a esposa e a filha de Kaique para dentro da casa, trancando-as, enquanto levou o homem como refém para um destino até então incesto. Desde então, a família buscava o paradeiro da vítima, viva ou morta.*Com a colaboração de Alex Freitas
Homem sequestrado na frente da família em Camaçari é encontrado morto
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